12638144 Manual de instalação, operação e manutenção - Alternadores Síncronos - Linha AG10 - Horizontal
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Figura 4.6: Coeficiente de variação da resistência de isolamento
com a temperatura
Os valores utilizados para gerar a curva da Figura 4.6 são
mostrados na Tabela 4.4.
Tabela 4.4: Fatores de correção da resistência de isolamento
com a temperatura
t (ºC)
Fator Kt
10
0,7
20
0,8
30
0,9
40
1,0
50
1,5
60
2,3
70
3,3
80
4,6
4.6
PROTEÇÕES
4.6.1
Proteções térmicas
Os alternadores possuem, quando solicitado,
dispositivos de proteção contra sobre elevação de
temperatura, instalados nas bobinas do estator principal
e/ou mancais, conforme segue:
Termostato (bimetálico) -
Detectores térmicos do tipo
bimetálico, com contatos de prata normalmente
fechados que se abrem quando atingem a temperatura
de atuação. Os termostatos podem ser ligados em série
ou independentes conforme esquema de ligação.
Termistores (tipo PTC ou NTC) -
Detectores térmicos,
compostos de semicondutores que variam sua
resistência bruscamente ao atingirem a temperatura de
atuação. Os termistores podem ser ligados em série ou
independentes conforme esquema de ligação.
NOTA
Os termostatos e os termistores deverão ser
conectados a uma unidade de controle que
interromperá o funcionamento do alternador ou
acionará um dispositivo de sinalização.
Termoresistência (RTD)
- É um elemento de resistência
calibrada. Seu funcionamento baseia-se no princípio de
que a resistência elétrica de um condutor metálico varia
linearmente com a temperatura. Os terminais do detector
devem ser ligados a um painel de controle, que inclui um
medidor de temperatura.
NOTA
As termoresistências tipo RTD permitem o
monitoramento da temperatura absoluta. Com
esta informação, o relé poderá efetuar a leitura
da temperatura, como também a
parametrização para alarme e desligamento
conforme as temperaturas pré-definidas.
A fórmula a seguir serve para converter o valor da
resistência ôhmica medida para temperatura das
termoresistências tipo Pt 100.
Onde:
= resistência ôhmica medida no PT-100
Os dispositivos de proteção, quando solicitados, estão
relacionados no esquema de ligação específico de cada
alternador. A não utilização destes dispositivos é de total
responsabilidade do usuário, porém pode ocasionar a
perda de garantia no caso de danos.
4.6.1.1
Limites de temperatura para os
enrolamentos
A temperatura do ponto mais quente do enrolamento
deve ser mantida abaixo do limite da classe térmica do
isolamento. A temperatura total é composta pela soma
da temperatura ambiente com a elevação de
temperatura (
T), mais a diferença que existe entre a
temperatura média do enrolamento e a ponto mais
quente do enrolamento. A temperatura ambiente por
norma é de, no máximo, 40 °C. Acima desse valor, as
condições de trabalho são consideradas especiais.
A Tabela 4.5 mostra os valores numéricos e a
composição da temperatura admissível do ponto mais
quente do enrolamento.
Tabela 4.5: Classe de isolamento
Classe de isolamento
F
H
Temperatura ambiente
°C
40
40
T = elevação de temperatura (método da
resistência)
°C 105 125
Diferença entre o ponto mais quente e a
temperatura média
°C
10
15
Total: temperatura do ponto mais quente
°C 155 180
ATENÇÃO
Caso o alternador trabalhe com temperaturas
do enrolamento acima dos valores limites da
classe térmica, a vida útil do isolamento e,
consequentemente, a do alternador, se reduz
significativamente, ou até mesmo pode
ocasionar a queima do alternador.
4.6.1.2
Proteções térmicas para os mancais
Os sensores de temperatura instalados nos mancais
(quando houver) servem para protegê-los de danos
devido a operação com sobretemperatura.
Fórmula:
- 100 =
C
0,386